sexta-feira, 23 de abril de 2010

Palestra com o Sr. Dr. Francisco Moita Flores


No passado dia 16 de Abril de 2010, pelas 15 horas realizámos na sala polivalente da nossa escola uma palestra proferida pelo Sr. Dr. Francisco Moita Flores.
Uma vez que a realização desta palestra foi desde cedo um dos grandes objectivos do nosso projecto e por a acharmos de grande interesse, convidámos várias turmas do ensino secundário da nossa escola a assistir. Tivemos também o prazer de ter na assistência o Sr. Presidente da Câmara do Entroncamento, Sr. Jaime Ramos, bem como o Sr. Director da Escola, Francisco Neves, entre muitas outras pessoas.
Iniciamos então a nossa palestra, com uma pequena apresentação dos elementos do grupo, do projecto em desenvolvimento, do tema da palestra e também do Sr. Dr. Francisco Moita Flores.
Começamos por fazer uma pergunta ao orador acerca do estado das Ciências Forenses em Portugal, que foi respondida pelo mesmo da melhor maneira possível, elucidando todos os presentes da situação destas Ciências no nosso país e alertando para a importância e interligação de todas as áreas incluídas nas Ciências Forenses. Ao longo da sua intervenção, destacou vários nomes que estiveram envolvidos no desenvolvimento e descobertas na área das Ciências Forenses.
O Sr. Dr. Francisco Moita Flores, falou ainda sobre a sua experiência enquanto membro da Polícia Judiciária e na investigação criminal e referiu que Portugal tem falta de meios que seriam bastante úteis nesta área, mas apesar disso consegue ter um dos melhores sistemas de investigação da Europa.
Podemos assim dizer que tanto os elementos do nosso grupo como a assistência em geral gostaram da palestra pois o orador conseguiu cativar o interesse de todos, mantendo uma postura informal, colocando-nos todos á vontade na discussão do tema.
Terminamos a palestra agradecendo a presença do Sr. Dr. Francisco Moita Flores e a ajuda prestada pela nossa professora de Área Projecto, Lucinda Mendes, pelo Sr. Presidente da câmara do Entroncamento, Sr. Jaime Ramos, que tornou possível o contacto com o orador e também á escola por nos ter disponibilizado a sala polivalente e a colaboração de todos na organização da palestra.



quarta-feira, 14 de abril de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Carta de Agradecimento para o INML

Grupo de alunos do 12º ano
Docente – Lucinda Mendes
Escola Secundária com 3º Ciclo
Rua Dr. Carlos Ayala Vieira Da Rocha
2330 Entroncamento

Exmo. Director da Delegação do Centro do
Instituto Nacional de Medicina Legal
Largo da Sé Nova
3000-213 Coimbra



Entroncamento, 1 de Março de 2010
Assunto: Visita aos serviços do Instituto Nacional de Medicina Legal



No dia 25 de Fevereiro de 2010, acompanhados pela professora Lucinda Mendes, iniciámos, de manhã, a nossa visita às instalações do Instituto Nacional de Medicina Legal, por V.Exª dirigidas. Fomos amavelmente recebidos pela Dra. Ana Paula Sousa, que nos deu algumas informações sobre o programa da visita.

Com esta visita tomámos conhecimento de algumas áreas de investigação, tais como a área de toxicologia forense, a área de Genética e Biologia Forense e a área de Patologia Forense. O que se faz nestas áreas e alguns dos seus mistérios (para nós) foi-nos apresentado uma forma muito cativante respectivamente, pelas Sr. Dras Paula Proença, Lisa Sampaio e Carla Ferreira, em que nos foram descritos todos os processos utilizados. Ainda dentro da área de Patologia Forense, fomos agradavelmente surpreendidos com uma pequena visita à sala de autópsias, onde os processos e as técnicas utilizados foram descritos pelo Sr. Dr. Gonçalo Castanheira, tendo-se este destacado pela disponibilidade, prestação, capacidade comunicativa, e simpatia demonstradas, que criou em alguns elementos do grupo a vontade de poder trabalhar e realizar investigação numa Instituição como a visitada. Esta foi sem dúvida a parte da visita que mais nos agradou, uma vez que alguns elementos do grupo pretendem futuramente ingressar em cursos relacionados com medicina legal ou patologia forense, tendo o Sr. Dr. Gonçalo castanheira contribuído para uma maior consciencialização com a sua apresentação. Na sala de autópsias foi-nos também permitida a obtenção de muitas informações, que serão indispensáveis na execução de algumas actividades no decorrer do nosso projecto.

Desta forma, pretendemos formalizar o nosso agradecimento a todos os intervenientes que possibilitaram esta nossa actividade, em particular ao Senhor Director, professor Dr. Francisco Corte - Real Gonçalves, que permitiram o contacto com uma verdadeira Instituição de Investigação que para nós, até este momento, apenas tinha sido observada através de documentários.

Foi uma verdadeira Visita de Estudo. Esperamos um dia aqui poder voltar….como investigadores.

sábado, 6 de março de 2010

Visita ao INML

No passado dia 25 de Fevereiro o nosso grupo de Área de Projecto, teve o prazer de visitar o Instituto Nacional de Medicina Legal.
Deixamos aqui algumas fotos para vocês verem =)






quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Resultados dos Inquéritos

Após termos realizado o inquérito sobre o tema do nosso projecto a diversas turmas da escola, analisámos os resultados e aqui apresentamos algumas perguntas importantes, sob forma de uma pequena estatística.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Inquérito Realizado na Escola

Nas últimas semanas, o nosso grupo esboçou e realizou um inquérito relacionado com o tema "Ciências Forenses" às diversas turmas do ensino secundário da nossa escola.

Aqui deixamos um exemplar do nosso inquérito:



Mais tarde iremos postar os resultadados deste inquérito.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Reunião com Médico Legista

No período passado o nosso grupo marcou uma reunião com o médico legista de Abrantes, para que ele nos esclarecesse algumas dúvidas que tínhamos em relação ao nosso projecto.
Elaboramos um pequeno questionário com as nossas dúvidas para que nos conseguíssemos guiar devidamente e de forma a esclarecermos tudo.
Aqui está o questionário e as respectivas respostas :


1- Em que circunstancias se faz uma autópsia a um cadáver?


É feita uma autópsia em casos de morte violenta ou morte com causa desconhecida. Poderá também ser feita em caso de morte súbita, sem que esta seja uma morte violenta, e sem a ocorrência de um crime.


2- Que métodos utiliza, na autopsia, que ajudam na resolução de um crime?

A partir da informação da polícia judiciária, é analisada a coerência e compatibilidade de informações com os indícios presentes nos corpos. É feita a autópsia e a PJ encarrega-se da componente de investigação.


3- Que tipos de analises faz?

São realizadas análises toxicológicas (álcool, drogas, medicamentos, monóxido de carbono, etc.) e análises anatomopatológicas (exames aos órgãos como o coração, fígado, pulmões e rins).


4- Como e feita a identificação de cadáveres? (em casos em que não seja possível o reconhecimento do rosto)

A identificação do cadáver poderá ser feita através do vestuário, peças dentárias, ADN (através de bases de dados, ADN em comparação com familiares, ou determinados criminosos que ficam com ADN registado por crimes anteriores).


5- Mesmo não havendo dúvidas de que não ocorreu um crime, pode ser pedida a realização de uma autópsia?

Pode. Todas as mortes violentas (suicídios, homicídios e acidentes) e mortes de causa desconhecida são sujeitas a autópsia para que se saiba a causa da morte. Por exemplo num acidente, sabe-se se o indivíduo estava sob o efeito de álcool, drogas, medicamentos, etc. O porquê da morte pode ser desconhecido, mas a causa da morte raramente é dada como desconhecida.


6- Quem pode levantar o corpo após uma autopsia?

Após a conclusão da autópsia o corpo é sempre entregue ao agente funerário, e posteriormente à família. É necessário aguardar pelos resultados das análises antes de serem tiradas as conclusões acerca da morte.


7- Qual o procedimento de uma autopsia? (etapas)

1º - Descrição do vestuário e espolio (calças, camisa, se estão sujos de terra, sangues, etc.), que posteriormente é entregue a família.

2º - Descrição do habito externo (superfície corporal, tipo e tamanho de feridas, equimoses, lacerações, etc. se existentes), e interno (cabeça, tórax e abdómen),

3º - Descrição do estado dos membros, verificação de hemorragias e fracturas/destruição de ossos.

4º - Fazem-se colheitas e é feito o relatório final. Este relatório apenas pode ser concluído depois da recepção de todos os resultados dos exames. Estas análises são enviadas para uma delegação do Instituto de Medicina Legal, demorando em média seis meses, o que se poderá dever a falta de meios e principalmente de técnicos. As análises toxicológicas são as primeiras a estar concluídas.


8- Quanto tempo demora a fazer uma autópsia?

Uma autópsia demora em média duas horas a ser feita. Mas é necessário aguardar pelos resultados das análises feitas às colheitas para que o relatório possa ser concluído.


9- Qual a autopsia mais difícil que fez em termos técnicos/sentimentais?

O caso de uma explosão numa fábrica de pirotecnia, uma vez que nestes casos é necessária a recolha de todos os fragmentos dos corpos. O trabalho é dificultado em casos de corpos em putrefacção, em decomposição, (uma vez que há perda de visibilidade, impossibilita as colheitas, já não há sangue nem urina para analise) ou casos em que apenas após o funeral são descobertos indícios de crime, tendo a PJ de proceder à exumação do cadáver. No caso de envenenamento, este e passível de análise uma vez que os vestígios permanecem ate mais tarde, ate no cabelo.


10- Tem alguma relação com as autoridades na resolução de crimes? E identificação de corpos?

Nos casos de morte violenta estão sempre presentes elementos da polícia judiciária. As autoridades fazem descrição do sucedido, no local, averiguam a existência de indícios de crime, fazem a descrição dos factos, para que a autópsia seja feita em conjunto com esses dados. Por exemplo, é possível saber se num cadáver encontrado na água, a morte se deve a afogamento, ou se num corpo carbonizado, a causa da morte foi o fogo. Existem métodos de análise para os vários estados de decomposição: putrefacção, mumificação, entre outros.


11- Portugal utiliza as Ciências Forenses como meio de resolução de crimes?

Também. Não é o único método, mas faz parte da resolução de um crime. Esta ciência é empregue não só na resolução de crimes que levam a morte, mas também em crimes como violência doméstica, abuso de menores, confrontos (situações que não impliquem a morte de indivíduos), testes de paternidade, etc. . A Medicina Legal e as Ciências Forenses mantêm uma relação bastante próxima com o Ministério da Justiça.


12- Alguma vez participou na componente de investigação? (laboratórios, analises, etc.) na resolução de um crime?

Não e algo da sua competência. As análises são feitas no Instituto de Medicina Legal. Há situações em que são chamados a tribunal apenas para esclarecimento das causas da morte ou questões técnicas. A sua participação poderá ser solicitada em casos em que o relatório da autópsia seja insuficiente.



Atenciosamente e até um próximo post,
"Os Forenseanos"